quarta-feira, 24 de julho de 2013

São Paulo tem 400 espécies de aves; veja quais são e onde encontrá-las

O Verão (Pyrocephalus rubinus) macho é vermelho 
e preto, já a fêmea não é tão bonita: tem a penugem acinzentada
O paulistano que passeia pelo parque Ibirapuera no inverno pode observar... o verão. Ou, se preferir, Pyrocephalus rubinus.
O Ananaí é uma espécie de pato que se camufla com facilidade,
 confundindo-se com a vegetação; ele voa rapidamente

O Anu-branco (Guira guira) tem um cheiro forte e característico 
que pode ser percebido a metros de distância

A Araponga (Procnias nudicollis) é muito visada pelo tráfico ilegal por causa da sua cor e do canto que lembra o badalar de um sino; a espécie está ameaçada de extinção
O Cardeal (Paroaria coronata)







O Pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros)




















O Beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura) é corajoso e 
briguento: não tem medo do ser humano

O Caracará (Caracara plancus) ronda estradas e come bichos atropelados


A fêmea de Coruja-orelhuda (Asio clamator)
o Gavião-miúdo (Accipiter striatus)

A Garça-moura (Ardea cocoi)
O Pavó (Pyroderus scutatus)


O Gavião-peneira (Elanus leucurus)
Os periquitos-ricos(Brotogeris tirica)

O Pica-pau-de-banda-branca (Dryocopus lineatus)
O Quero-quero (Vanellus chilensis)


A Rolinha (Columbina talpacoti)

O Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) é uma das espécies mais comuns
 na cidade; ele constrói ninhos com capim mas, na cidade, chega a usar papel, plástico e até arame






o Tesoura (Tyrannus savana)

O Tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus)






































Entre abril e setembro, esse passarinho bate asas para longe do frio do sul, passa por São Paulo e ruma até o Nordeste --daí o nome solar.

Verão é uma das 400 espécies de aves encontradas na cidade, segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. O número parece alto para quem está acostumado a ver só pombos --que são considerados pragas urbanas.

Johan Dalgas Frisch, engenheiro industrial, ornitólogo e 
um dos pioneiros na observação de pássaros no Brasil

Mas basta treinar o olhar e "se sensibilizar para essa maravilha", diz o engenheiro industrial Johan Dalgas Frisch, 83, que se dedica à observação e aves no Brasil desde os 7 anos.

O céu, contudo, não é exatamente o mesmo desde a meninice de Johan.

Os papagaios-verdadeiros (nativos do Norte e do Nordeste e famosos por imitar vozes e músicas) se multiplicaram nos anos 1990, abandonados por traficantes e antigos donos.

Comum no interior, o tucano-toco (do bicão amarelo, uma estrutura óssea esponjosa que supera 20 cm) também nos visita mais. Mas rarearam os pios de perdizes e jacutingas.

O Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) é a ave-símbolo do 
Brasil e seu canto (‘piú-puí-piú) lembra uma flauta 
Cerca de 30 espécies --como o bem-te-vi e o sabiá-laranjeira-- são figurinha fácil em toda a capital, aponta o ornitólogo Fábio Luís Silveira, do Museu de Zoologia da USP.

A maior variedade está em grandes áreas verdes, como o Ibirapuera e a serra da Cantareira. Os parques Villa-Lobos (zona oeste) e do Carmo (zona leste) também têm tipos diversos.

No parque linear Castelo, às margens da represa Guarapiranga, há um mirante ideal para ver aves aquáticas (como o frango-d'água, conhecido entre observadores por emitir sons bem agudos, de "kurrrk" a "kiki").

ELES, PASSARINHO

"O observador era o cara solitário com um binóculo e um guia de bolso. Agora ele é o cara com câmera digital, que compartilha", afirma o produtor cultural Guto Carvalho, 51.

Desde 2006, Guto organiza a feira anual Avistar Brasil --a deste ano, em maio, juntou 1.200 pessoas em três dias no parque Villa-Lobos.

Para o ornitólogo Silveira, quanto mais gente, melhor: "Os observadores leigos dão uma contribuição importante para a ciência".

Boa parte dos dados recolhidos está no WikiAves, atualmente com 1.772 espécies catalogadas. Lorena Patrício Silva, 11, é fã de aves de rapina e "contribuidora sênior" do site feito por colaboradores.

Uma das caçulas da Avistar, a estudante do primeiro grau gosta de "colecionar" novas descobertas.

A última foi no parque Villa-Lobos: um pitiguari, passarinho com cabeça e bico grandes demais para cerca de 16,5 cm de tamanho.

A melhor época para flagrar novidades é no início da primavera, quando os animais estão à caça de parceiros para a reprodução.

No período, a prefeitura oferece cursos gratuitos para aprender a reconhecer espécies e os "points" delas na cidade.

Neste ano serão dois: para iniciantes, em outubro, e um avançado, em setembro, com 50 vagas cada.

Mais informações sobre os cursos em breve no site da Secretaria do Verde.


Fonte: Folha de São Paulo 
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